Hoje tive uma aula de Ortodontia onde ficou escancarada uma dificuldade que a tempos aterroriza nossa querida turma X - A Regra de 3!
Não utilizada somente para cálculos ortodônticos, a regra de 3 é de uso cotidiano em diversas disciplinas, especialmente na parte clínica, sendo muito útil para estabelecer a percentagem de faces sangrantes tanto durante uma anamnese periodontal quanto no acompanhamento de pacientes de pediatria e dentística, além de outras diversas utilidades cotidianas independentes da Odontologia.
Sendo tão importante assim, é imprescindível que saibamos realizar os cálculos da regra de 3 simples, que como o nome já diz, é simples porém muito necessária
Comecei então a procurar, nos livros de matemática do ensino fundamental que ainda tenho em casa, o texto que revela o processo de resolução da famigerada regra de 3, porém sem sucesso. No entanto, graças ao maravilhoso advento da Internet consegui um texto revelando os segredos místicos da regra de 3 na íntegra, com explicações detalhadas, pra ficar bem facinho. Aproveitem!
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A regra de três simples, na matemática, é uma forma de descobrir um valor a partir de outros três, divididos em pares relacionados cujos valores têm mesma grandeza e unidade. Além da regra de três simples existe também a regra de três composta.
O primeiro par de valores pode ser representado por e , e o segundo par por e .
Para realizar os cálculos é necessário se verificar a relação entre os pares de grandezas: se são diretamente ou inversamente proporcionais. De maneira mais prática, se quando o valor de crescer, o de também crescer, são grandezas diretamente proporcionais. O mesmo vale para e .
Quando grandezas são diretamente proporcionais, deve-se usar o seguinte modelo de cálculo:
Quando forem inversamente proporcionais, uma das frações do modelo acima deve ser invertida:
Percebe-se então que, quando e são inversamente proporcionais, e serão diretamente proporcionais.
Exemplo 1
Um atleta percorre 35km em 3h, mantendo o mesmo ritmo, em quanto tempo ele percorrerá 50km?
Montemos uma tabela:
Percurso (km) | Tempo (h) |
---|---|
35km | 3h |
50km |
Notem que as grandezas são diretamente proporcionais, ou seja, se aumentarmos o percurso, o tempo gasto pelo atleta também aumenta. Logo, devemos conservar a proporção:
Multiplicamos em cruzes:
4,29 horas corresponde a:
4 x 60 min = 4 horas
0,29 x 60 min = 17 minutos
Portanto, o atleta percorrerá 50km em aproximadamente 4h17min.
É importante ter bom senso em alguns problemas como o acima, pois a diferença entre 35km e 50km é bem grande. Na prática não se pode afirmar que o atleta conseguiria manter a mesma velocidade em mais 15km.
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