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[NOTICIA]

Links para as questões da auto-avaliação [postados em 28/11/2008] estão estão novamente disponíveis

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Auto-avaliação


Durante essa semana vou disponibilizar arquivos .doc com as questões da autoavaliação resolvidas, por disciplina, para estudarmos para a PI

Um 9 à todos nós!

CIRURGIA
SEMIOLOGIA


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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Periodontia



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Reativando


Depois de muito tempo sem postar nada, o dever nos chama

Estou postando material sobre tumores odontogênicos que achei na internet, muito bom e bem completo.


Clique AQUI para baixar o arquivo [Formato .doc]

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terça-feira, 14 de outubro de 2008

Leucemia



Na semana passada, um amigo me falou sobre uma familiar que está internada em decorrência de uma leucemia. Sua aflição me cativou a estudar um pouquinho sobre o assunto que diga-se de passagem, é muito interessante e de grande valia! Cabe lembrar que nós como futuros e cirurgiões-dentistas, temos um papel importante quando nos deparamos com um paciente acometido da doença, porque podemos, além de tratar os sintomas que acometem a cavidade oral, detectar a doença no consultório e fazer o encaminhamento médico necessário. Vai aí um breve resumo, espero que seja útil!
As leucemias são doenças caracterizadas por alterações neoplásicas dos elementos formadores do sangue. O curso clínico, as células afetadas, a sobrevida e o tratamento dependem da forma de leucemia. Podem ser divididas histologicamente em linfoblásticas ou mielógenas - afetam as células granulocíticas, e mais comuns entre adultos.
Cada tipo de leucemia deve ser tratada como uma doença individual, pois acometem - normalmente- determinados perfis, por exemplo a Leucemia Aguda Linfoblástica (LAL), é mais comum em crianças enquanto a Leucemia Crônica Linfoblástica (LCL) raramente é encontrada antes dos 20 anos, e é predominante no sexo masculino.
Suas possíveis causas são atribuídas a diversos fatores como predisposição genética, exposição a fatores químicos (como benzeno), ou até vírus de RNA.

Sinais e Sintomas
São normalmente inespecíficos, podem causar confusão com os sintomas de viroses ou anemias, com a diferença primordial de que na leucemia, esses sinais não desaparecem nem tampouco diminuem, mas frequentemente progridem.
A maioria dos sinais e sintomas da leucemia devem-se ao fato de que a medula óssea está carregada de células malígnas, que logo passam para o sistema circulatório. Sendo assim, o número de células anormais podem superar o número de células normais! Pode ocorrer também infiltração dos linfonodos do baço e da gengica pelas células leucêmicas.
O exame de sangue revela formas celulares imaturas ou indiferenciadas. Os pacientes podem apresentar-se anêmicos e trombocitopênicos devido à diminuição da produção de glóbulos vermelhos e da maturação reduzida das plaquetas.
O diagnóstico definitivo depende do exame histológico da medula óssea.

Tratamento e Prognóstico
Todas as formas são tratadas com quimioterapia, o que varia são os esquemas específicos de dosagens e associações farmacológicas.Inicialmente, o tratamento é dividido em 2 partes:
  • Fase de indução: com o fim de eliminar ou reduzir a população de células leucêmicas, é chamada fase de remissão, e é feita imediatamente após o diagnóstico.
  • Fase de manutenção: após a fase de remissão, a terapia medicamentosa é instituída a intervalos regulares para evitar recidiva da doença. Nas leucemias agudas, isso é feito durante dois anos, enquanto que na crônica esse período pode ser reduzido a menos de um ano.
Em alguns casos de leucemia (LAL), as células malígnas chegam ao líquido cérebro-espinal, sendo necessária a suplementação com radioterapia.
O prognóstico da leucemia varia com a forma da doença e de um modo geral, tem melhorado constantemente. As leucemias agudas (LAL e LMA), até recentemente tinham prognóstico fatal, e atualmente mais de 50% dos pacientes atingem uma longevidade e boa qualidade de vida após o tratamento. Nota-se que o prognóstico para a LCL é mais favorável do que da LMC.

Avaliação da Cavidade Oral
As patologias orais são muito frequentes em pacientes leucêmicos. Os sinais e sintomas orais podem aparecer antes do diagnóstico da doença.
Em função da neutropenia e da trombocitopenia, esses pacientes procuram tratamento relatando sangramento excessivo das gengivas, formação de petéquias, hematomas ou equimoses, ulcerações, faringites ou infecções gengivais. Pacientes com número elevado de formas indiferenciadas circulantes pode sofrer infiltrações e conseqüentemente hiperplasia gengival.
A anamnese completa e bem realizada certamente ajudará na hipótese diagnóstica. É interessante interrogar o paciente sobre possíveis histórias de acometimentos parecidos em sua própria boca e/ou em falimiares, o tempo das manifestações bem como sinais sistêmicos (lembrar que o paciente com leucemia comumente está anêmico).
Pacientes sem histórico de sangramento gengival pode apresentar sangramento expontâneo e exacerbado repentinamente. O CD deve verificar se fatores locais de retenção de placa justificam os achados, ou se são desproporcionais. Ao notar que há possibilidades de acometimento sistêmico, deve-se pedir um hemograma completo para o paciente, incluindo leucometria (que geralmente está elevada) e contagem de plaquetas (reduzidas). Se os resultados apresentarem-se anormais, o encaminhamento ao médico hematologista deve ser imediato.

Avaliação dos Pacientes Antes do Tratamento Dentário
Devemos nos atentar principalmente para dois fatos: prevenção de infecção e de hemorragias. O quadro geral do paciente deve ser consultado com o médico responsável pelo tratamento do paciente antes de qualquer intervenção odontológica. O tratamento deve ser sempre relacionado com a terapia da leucemia. Para isso, dividimos os pacientes em categorias de risco.
  • Pacientes com Risco Elevado - São os que estão com leucemia ativa. Apresentam grande número de células leucêmicas na medula óssea ou sangue periférico, estão trombocitopênicos e neutrocitopênicos. Os pacientes que estão em tratamento de supressão da medula óssea (tratamento antileucêmico) também estão neste grupo.
  • Pacientes com Risco Moderado - Já obtiveram sucesso na fase de tratamento e estão em fase de manutenção. Não apresentam evidências de malignidade na medula ou no sangue periférico nem mielossupressão associada à quimioterapia.
  • Pacientes com Pequeno Risco - Em geral o tratamento está finalizado e o paciente não apresenta evidência de malignidade ou mielossupressão.

CONTINUA MINHA GENTE...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Novidades

Agora você pode acessar nosso blog de uma maneira mais fácil de lembrar e até mesmo de digitar.
Através do endereço www.carpulevermelha.co.cc
Créditos para o Americano pela dica ;D

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Revisão de Literatura: Câncer da Boca


Uma das maiores dúvidas que temos quando nos deparamos com uma lesão bucal é sua real gravidade, ainda mais quando a lesão em questão apresenta potencial carcinogênico, muitas vezes porém essas lesões passam despercebidas devido à seu tamanho ou coloração, em outros casos no entanto elas podem assumir proporções tamanhas que acabam atrapalhando fonação, deglutição e até mesmo a respiração do paciente odontológico, dependendo assim do diagnóstico clínico e laboratorial para que se possa trata-la de maneira correta e eficaz, êxito final da profissão.

Para que possamos atingir tal êxito, no entanto, devemos possuir base sobre os principais sinais e sintomas que cada processo patológico apresenta. Uma ótima maneira de obter esse conhecimento é através da leitura contínua de literatura específica, como é o caso do livro analisado, que trata especificamente da área de oconlogia associada a odontologia.
Com um vocabulário simples e de fácil entendimento
, o livro trata das principais lesões da cavidade oral com potencial carcinogênico, ou seja, lesões que podem vir a se tornar um câncer. A leitura não exige muito conhecimento específico da área oconlógica, e traz informações preciosas para a vivência clínica.

A explicação da origem e progressão dos processos patológicos é detalhada, assim como seus sinais, sintomas e as causas dos mesmos, fato importante que enriquece a leitura, pois nada se torna decorativo, muito pelo contrário, o livro estimula o raciocínio e o aprendizado na arte do diagnóstico.

Frisando também a importância do diagnóstico de patologias através de lesões orais, sendo que, muitas vezes, as manifestações orais são o primeiro sinal de patologias sistêmicas graves.

Com certeza uma leitura recomendada, não para aprender a realizar tratamentos oconlógicos, mas para que o clínico tenha condições de diagnosticar e encaminhar para tratamento pacientes com lesões cancerizáveis.



Livro: Câncer da Boca
Autor: Abrão Rapoport
Editora: Pancast
ISBN: 8586266051
Ano: 1997
Edição: 1
Número de páginas: 213
Acabamento: Brochura
Formato: Médio
Preço em média: R$50


Avaliação:
Vocabulário: 9,0
Conteúdo científico: 7,5
Conteúdo técnico: 7,5
Imagens: 7,0
Abrangência dentro do tema: 6,5
Valor para o graduando: 9,0

Nota Final: 7,8

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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Pesquisa analisa relação entre colocação de coroas e problemas periodontais


Resultados mostram que as coroas podem ser associadas a mais sinais de inflamação, provocando sangramentos, vermelhidão e mau hálito, apesar de não estarem diretamente associadas à destruição periodontal.


Inúmeros estudos mostram uma relação entre a colocação de coroas fixas e as condições periodontais dos pacientes, apontando para uma maior incidência de inflamação das gengivas e destruição periodontal. No entanto, nem sempre a utilização de coroas representa problemas aos pacientes. Isso é o que mostram Cassiano Rösing e equipe da Universidade Lutherana do Brasil em um trabalho que teve como objetivo avaliar retrospectivamente as condições periodontais de pacientes com coroas fixas colocadas de 3 a 5 anos antes da realização da pesquisa.

De acordo com artigo publicado no número quatro de 2007 da revista Brazilian Oral Research, “40 pessoas foram analisadas no estudo. Exames clínicos de toda a boca foram realizados avaliando-se Índice de Placa Visível (IPV), Índice de Sangramento Gengival (ISG), Profundidade de Sondagem (PS) e Nível Clínico de Inserção (NCI) em 6 sítios por dente. Radiografias paralelas foram obtidas e analisadas cegamente por paquímetro digital (distância do ápice à crista óssea). Testes BANA também foram realizados. Um dente hígido contralateral foi considerado como controle”.

Os resultados mostram que as coroas apresentaram um valor médio de Índice de Placa Visível de 30,42%, comparado com 49,17% para dentes hígidos. O Índice de Sangramento Gengival foi de 33,33% e de 26,25% para dentes com coroas e hígidos, respectivamente. A Porfundidade de Sondagem revelou valores de 2,30 e 2,14 mm e a análise do Nível Clínico de Inserção demonstrou médias de 2,02 e 1,89 mm para coroas e dentes hígidos, respectivamente. Os valores médios para as distâncias radiográficas foram de 12,73 e 13,67 mm, e para o teste BANA, de 67,50 e 50,00 para dentes hígidos e com coroas. Segundo a equipe, foram observadas diferenças significativas para todos os parâmetros, exceto para NCI e para o teste BANA.

Dessa forma, os pesquisadores concluem que as coroas podem ser associadas a mais sinais de inflamação, entretanto não com destruição periodontal. “Apesar de os resultados não demonstrarem relação entre a colocação de coroas e a destruição periodontal, o fato de elas estarem associadas a mais sinais de inflamação deve ser levado em consideração, uma vez que as gengivites estão diretamente ligadas a uma pior qualidade da saúde bucal, em decorrência do sangramento, vermelhidão e do mau hálito, que hoje em dia é socialmente inaceitável”, destacam no artigo.

Leia mais: Teste de BANA para sangramento periodontal

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Regras Para Comentários


A popularidade do nosso blog tem crescido muito nos últimos dias, isto é fato.
Com o aumento da popularidade, também aumentou o número de comentários, porém alguns de integridade duvidosa. Se faz necessário no momento, ao meu ver, a moderação dos comentários, para limitá-los à assuntos relacionados somente as postagens, e também para impedir a publicação de comentários de gosto duvidoso.
Nossa intenção aqui é a de publicar as idéias dos editores, idéias que nos ocorriam diariamente como distribuir a matéria de aula além de outros materiais, material que encontramos e achamos que seria de interesse de toda a classe odontológica, além de expor nossas opiniões pessoais das situações que passamos diariamente. Fazer um blog se mostrou a maneira mais adequada e prática de fazer isso.

Pois bem, aqui vão as regras de postagem:

1 - Postagens anônimas serão aceitas normalmente, desde que obedeçam as demais regras para comentários;
2 - Críticas construtivas serão aceitas e bem-vindas;
3 - Não serão permitidas palavras com teor ofensivo direto ou indireto, a qualquer usuário ou não usuário;
4 - Não serão permitidos comentários que não tenham relação com a postagem onde foram deixados, conhecidos como "off-topic" em fóruns e comunidades virtuais em geral;
5 - Todas as postagens serão avaliadas pelos editores do blog previamente a sua publicação.

Seguir estas regras simples garantirá a publicação do seu comentário.
Agradeço a todos que visitam, aqueles contribuem com material de postagem, colegas que apreciam nosso trabalho.
Para todos que nos visitam, sintam-se em casa.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Imagens

Herpes Simples
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Herpes Zoster


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Sífilis

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Hanseníase


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Candidose

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Histoplasmose

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Leishmaniose

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DOENÇAS INFECCIOSAS


Sei que tem muita gente nos julgando mal, dizendo que fizemos o blog pra mostrar "o quanto somos inteligentes" mas não é bem essa a ordem das coisas, fizemos o blog para AJUDAR a galera e a nós mesmos, porque enquanto escrevemos, obviamente estudamos! Aos que gostam do blog, aproveitem e estudem! Esse é o nosso propósito! Aos que não gostam, por favor, não entreM (plural do Sr. Capitão Caverna) mais, senão é capaz de você acabar aprendendo alguma coisa... pode fazer mal!!! PS: Nada do que escrevemos aqui nasceu de nossa "mente brilhante" é estudando, lendo, pesquisando que aprendemos ok?! Então não me venham com julgamentos.



INFECÇÕES VIRAIS

1- Herpes Simples
Herpesvirus hominis (HSV)

Gengivo Estomatite Herpética Aguda (primária)

Padrão mais comum da infecção primária do HSV-I.
Aparece entre 6 meses a 5 anos de idade.
Linfadenopatia cervical, febre, anorexia, irritabilidade.
Lesões vesiculares que ulceraram são numerosas e dolorosas
Edema gengival

Tratamento: O uso de Acyclovir não é indicado para crianças, portanto preconizam-se o uso de analgésicos para aliviar a sintomatologia dolorosa. É necessário que se tome cuidados com possíveis infecções oportunistas e cuidar para que não haja um grande deéfcit vitamínico (em decorrência da má alimentação)

Infecção Primária - HSV-1
Mais comum em jovens, sendo assintomática.
O gânglio Trigêmeo é colonizado, e o vírus permanece em estado de latência.


Infecção Secundária (Recorrente) HSV-1
Reativação do vírus.
Mais comum no lábio e região perioral.
Fatores de predisposição:
idade avançada, luz ultravioleta, stress emocional, gravidez, alergia, traumatismos,
alterações respiratórias, menstruação, doenças sistêmicas (imunossupressão) e neoplasias
malignas.

Tratamento: Acyclovir ( Zovirax®, Aviral®, etc.)
Tópico - Pomada: 5x ao dia por 5 dias
Via Oral - 200mg 5x ao dia por 5 dias
Endo-venosa (pacientes imunossuprimidos - uso hospitalar).


2 - Herpes Zoster
Vírus varicela-zoster (VZV, HHV-3)

Infecção primária: catapora
Latência: gânglio espinhal - dorsal.
Reativação do vírus1 Herpes Zoster.
Aparecimento em idades avançadas, imunossupressão, tratamento com drogas cítotóxicas, radiação em neoplasias malignas, abuso de álcool, etc.
Características Clínicas: dor prodrômica, febre mal estar cefaléia e formação de vesículas; ulcerações com crostas Localização: trajetos nervosos respeitando a linha média.
Tratamento: sintomático e acyclovir.

3- AIDS
Vírus da imudeficiência humana (HIV-1)

É caracterizada por imunossupressão significativa e associada com infecções oportunistas, malignidade e degeneração do sistema nervoso central. O vírus infecta macrófagos, células dendríticas e linfócitos T auxiliares predominantemente portadores de CD-4. O HIV é um membro da família lentivírus do retrovírus animal e causa infecção celular latente a longo prazo. O indivíduo acometido fica extremamente vulnerável a infecções secundárias em decorrência de sua imunossupressão.

Transmissão sexual: Relações vaginais e anais ( maior risco em função de micro-traumatismos)

Transmissão sangüínea: Compartilhamento de agulhas e seringas contaminadas, transfusão de sangue e hemoderivados, acidentes com materiais prefuro-cortantes, na vigência de sangue contaminado pelo HIV (baixo risco)

Transmissão vertical: ocorre da mãe soropositiva para a criança por via transplacentária, canal do parto ou aleitamento, transmissão em 13 a 14% das gestações infectadas Aleitamento Materno: abstinência da amamentação no seio, não realização de aleitamento cruzado, obrigatoriedade dos bancos de leite em pasteurizar o leite materno doado, bem como de realizar sorologia para os doadores.

Doação de órgão e sêmem: realizar teste sorológico anti-HIV para os doadores, congelamento do sêmem por 6 meses e realizar novo teste anti-HIV

Testes Sorológicos
ELISA : Resultados falso-positivos ou reação cruzada
WESTERN BLOT: mais confiável, porém mais caro
IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA (IFI)

Características Clínicas: Aguda: Após 90~180 dias da infecção inicial ocorre febre alta, aumento dos linfonodos, dores musculares, dor de garganta, aumento do baço e do fígado, vermelhidão do corpo, durante 7~14 dias (30% dos casos). Teste anti-HIV negativo (Janela Imunológica)
Assintomática: Ausência dos sinais e sintomas durante período de tempo variável (até mais de 10 anos). Teste positivo.

Tratamento: tratamento das infecções oportunistas, combate na evolução da doença

Manifestações Orais e Maxilo-faciais: Herpes simples, leucoplasia pilosa (EpsteinBarr - EBV) , eritema gengival linear (vermelhão contornando a gengival cervical dos dentes), periodontite necrosante, tuberculose, infecções fúngicas, neoplasias (Sarcoma de Kaposi), Linfoma não-Hodiking.



INFECÇÕES BACTERIANAS

1 - Sífilis
Treponema palidum - Transmissão venérea ou transplacentária.

Sífilis Primária
Aparece 2 a 3 semanas após inoculação inicial.
Caracterizada pelo cancro em áreas de inoculação
Linfadenopatia cervical
Cicatriza em 3 a 8 semanas
Lesões bucais:
Lábios, língua, palato, gengiva e amígdalas.
Ulcerações indolores, bordos elevados.
Diagnóstico diferencial: CEC, grauloma piogênico, trauma, etc.

Tratamento: Penicilina G Benzatina 2.400.000 UI via IM, Doxicilina, lOOmg 2x/dia ou Tetraciclina 500mg4x/dia por 14 dias

Sífilis Secundária
Disseminada, 4 a 10 semanas após infecção inicial.
Regride de 3 a 12 semanas.
Sintomas sistêmicos: dor de garganta, mal estar, cefaléia, perda de peso, febre e dor músculo-esquelética.
Erupções cutâneas máculo-papular, difusas indolores e disseminadas
Lesões bucais: Áreas máculo-papulares, eritematosas com superfícies irregulares Pode haver placas mucosas acinzentadas que podem ser removidas. Predominantes na língua, lábios, mucosa jugal e palato.

Tratamento: Penicilina G Benzatina 2.400.000 UI via IM, repetindo a mesma dose uma semana depois (Dose total. 4.800.000 UI), ou Doxicilina, 100mg 2x/dia ou Tetraciclina 500mg 4x/dia por 14 dias

Sífilis Terciária
Sistema vascular afetado (arterites precoces), aneurisma da aorta, hipertrofia ventricular,
insuficiência cardíaca
SNC - psicose, demência, morte, etc.
Inflamação granutomatosa (goma), pele, mucosas, tecidos moles, ossos e órgãos internos, nódulos ulcerados ou não
Lesões bucais:
Palato: ulceração, perfuração e exposição da cavidade nasal
Língua: forma lobular, irregular e difusa, atrofia papilar.

Tratamento: Penicilina G Benzatina 2.400.000 UI via IM, em três aplicações com intervalo de uma semana entre as aplicações (Dose total' 7.200.000 UI), ou Doxicilina, lOOmg 2x/dia ou Tetraciclina 5OOmg 4x/dia por 28 dias

Sífilis Congênita
Transmissão: gestante sifilítica
Causa aborto ou crianças com mal formações
Contaminação pode ocorrer em qualquer momento da gestação
Tríade de Hutchinson:
Hipoplasia de incisivos (chave de fenda) e molares em amora
Surdez (comprometimento do oitavo par craniano);
Ceratite intersticial dos olhos (5-25 anos, córnea opacifícada - cegueira)

Tratamento: Penicilina G Cristalina 100a 150 mil UI/Kg/EV dia em 2 frações para menores de uma semana ou em 3 frações para maiores por 7-10 dias, ou Penicilina Procaína 50.000 Ul/Kg/ IM/dia por 10 dias.

2 - Hanseníase
Mycobacterium leprae

Lepra Tuberculóide: Doença localizada, desenvolve em pacientes com uma resposta auto-imune elevada, lesões cutâneas bem circunscritas, anestesia da pele, perda de sudorese, lesões bucais raras.

Lepra Lepromatosa
Indivíduos com ausência de resposta imune
Apresenta doença difusa, máculas ou pápulas mal definidas que aumentam com o tempo
Queda de cabelo, cílios e sobrancelhas
Colapso do dorso nasal "Fácies Leonina"
Presença de lesões bucais
Características Clínicas:
Preferência em nervos periféricos e temperatura abaixo de 37oC.
Pele, áreas resfriadas pela passagem de ar como o nariz.
Lesões Bucais:
19 a 60% - forma lepromatosa.
Área anterior da maxila, palato duro e mole, úvula e língua.
Pápulas firmes amareladas ou avermelhadas, sésseis que desenvolvem ulceração e necrose. Pode haver paralisia facial e destruição do osso adjacente

Tratamento: Rifampisina e Dapsona, durante 1 a 2 anos - em função de sua longa duração, o paciente é monitorado dia-a-dia. A medicação é administrada no hospital!!


3 - Tuberculose

Mycobacterium tuberculosis - Bacilo de Koch

Fontes de infecção:
Homem doente: elimina bacilos durante a tosse, expectoração. Gado doente - leite.
Veículos e Vias de transmissão:
Via aérea: contágio direto: beijo e pelas gotículas Pflugge (gotículas de catarro contendo bacilos,
eliminadas durante a tosse, espirro e fala).
Contágio indireto: aspiração da poeira contaminada ou núcleos contaminados de Wells
(bacilos de Tb envolto por muco, permanecendo no ar por horas - ambientes úmidos).
Via Digestiva
Ingestão de alimentos contaminados por pessoas doentes ou leite contaminado

Patogenia
Bacilo atinge o alvéolo e é capturado por macrófagos dependendo:
Virulência do microorganismo;
Carga infectatite.
Pode evoluir para para o tipo exsudativo (agudo) ou produtivo (crônico).

Lesões bucais:
Língua, palato, mucosa jugal, gengiva e lábios. Ulcera irregular, dolorosa superficial ou profunda. Modulares, granulares. Diagnóstico diferencial; úlcera traumática X CEC.

Diagnóstico:
Prova de Escarro (coloração Ziehl-Neelsen)
Lavado traqueobrònquico
Líquido pleural
Conteúdo gástrico
Baciloscopia
Provas sorológicas
Biópsia (lesões bucais)
Rx

Vacinação: BCG: vias intradérmicas (método de Waldgreen). Inoculação de bacilos.

Tratamento: Isomazina; Etambutol

4 - Actinomicose
Actinnomyces israeli

Presente na microflora oral.
Extração dentária, bolsa periodontal e abrasão da mucosa podem preceder a infecção.
Características Clínicas: Microorganismos penetram nos tecidos através da mucosa bucal e permanecem nos tecidos mole subjacentes ou disseminam-se envolvendo glândulas salivares, osso, pele da face e pescoço causando tumefaçao e endurecimento. Evoluem para abscessos que tendem a drenar através de fistulas cutâneas.
Tratamento: antibioticoterapia (penicilina ou tetraciclina)


INFECÇÕES FÚNGICAS

1. Candidose
Cândida albicans, C. tropicalis, C. krusei, C parapsilosis, C. guilliermondi

Infecção Oportunista - Fatores predisponentes:
locais
desnutrição
estados debilitados
agentes terapêuticos

Formas Clínicas:
l - Aguda: pseudommbranosa / Eritematosa (atrófica)
Estomatite por dentadura - Vermelha, assintomática.Localizada nas áreas - bordas de uma PPR ou PT.Fatores associados: uso contínuo sem higiene adequada da prótese.

Quelite angular: lesões vermelhas, cruentas, físsuradas e irradiadas, comissura labial. Fatores associados: imunossupressão, idiopática, perda da dimensão vertical.

Glossite romboide mediana: Áreas vermelhas com atrofia da mucosa, assmtornática. Região posterior do dorso da língua, linha média. Fatores associados: Idiopática e ímunossupressão.Candidose crónica hiperplásicaPlacas brancas não destacáveis, assmtomáticas. Menos comum, mais localizadas na mucosa jugal.

2- Crônica: Eritematosa: atrófica / hiperplásica: Máculas vermelhas, sensação de queimação. Palato duro, mucosa jugal, superfície dorsal da língua. Fatores associados: antibioticoterapia, xerostomia, imunossupressão ou idiopática.

3- Mucocutânea: pseudomembranosa, placas brancas, cremosas, destacáveis, sensação de queimação e hálito fétido - Mucosa jugal, língua e palato

Tratamento: Nistatina Suspenção oral 100.000 UI/ml, pastilha 200.000 UI ou 500.000UI 3 a 4x ao dia - 7 dias
Miconazol (Daktarin®) Gel Oral 2% 4x ao dia - 7 dias

2. Paracoccidioidomicose
Paracoccidioides brasiliensis

Mais comum na América do Sul (Colômbia, Venezuela, Brasil), em homens e trabalhadores rurais
Características Clínicas:
Infecção pulmonar
Pode disseminar por via linfática ou hematogêmca.
Lesões Bucais:
Ulcerações com aspecto moriforme, principalmente em mucosa alveolar, gengiva, palato, lábio e mucosa jugal.
Diagnóstico diferencial: CEC
Tratamento: Sulfanamidas; Anfotericina B - EV: Itraconazol oral, Cetoconazol.

3. Histoplasmose
Histoplasma capsulatum

Mais comum nos EUA
Inalação dos esporos existentes no ar (áreas úmidas - excrementos de pássaros e morcegos). Características Clínicas: Aguda: localizada no pulmão (febre, cefaléia, mialgia, tosse não produtiva, anorexia). Crônica: Localizada no pulmão (tosse, perda de peso, febre, dor torácica, fadiga, fraqueza). Disseminada: sítios extra pulmonares - baço, glândula adrenal, fígado, hnfonodos, SNC, trato gastro-intestinal, rins e mucosa bucal
Lesões Bucais: Língua, palato e mucosa jugal: ulceração solitária, dolorida, margens firmes e elevadas e com várias semanas de evolução.
Diag. Diferencial: CEC.

Tratamento:
Aguda: Sintomático (processo auto-limitante) Crônica: Anfotericina B (Ev). Cetoconazol, ou Itraconazol. Disseminada: Anfotericina B (Ev) - 7 a 23% de mortes


DOENÇAS PARASITÁRIAS

Leishimaniose
Protozoário - Leishmania brasiliensis

Comum na América Central e do Sul.
Inoculação através da fêmea do mosquito flebótomo birigui ou mosquito palha). Incubação de 30 a 90 dias.
Formas - Visceral: febre alta, perda de peso, anemia, aumento do volume do fígado e baço. Mucocutânea: regiões periféricas do corpo, podendo causar mutilações.
Características Clínicas - Pele e região peri-bucal: lesões úlcero-crostosas e cicatrizes. Mucosa bucal, palato duro: úlceras de fundo papulomatoso. Mucosa nasal: perfuração da cartilagem do septo nasal (nariz de anta).
Tratamento:Glucantime e Pentostam (primeira escolha); Anfotericina B; Paromomicina.
Medidas Preventivas: evitar exposição em áreas endêmicas; usar roupas com mangas longas; gorros; repelentes contra insetos.



Maratona Ortodontia



Bom galere, material do curso inteiro de Orto, de lambuja.
bjos me liguem amores =***

ORTOD============================================================================

ORTODONTIA – ORTOPEDIA FACIAL NA CLINICA INFANTIL


ATENDIMENTO INTEGRADO À POPULAÇÃO INFANTIL – é uma filosofia odontológica cuja meta é dar ao paciente adolescente um aparelho estomatognático normal, equilibrado do ponto de vista morfo-funcional


DEFINIÇÃO DO CFO: ORTODONTIA / ORTOPEDIA FACIAL – É a área da odontologia responsável pela supervisão, orientação e correção das estruturas dento-faciais em crescimento ou adultas, incluindo tais condições que requerem movimentos de dentes ou correções das relações e mal-formações das estruturas dos dentes relacionadas.


SUPERVISIONAR: Dirigir ou orientar em plano superior.

ORIENTAR: Determinar a posição de; Dirigir; Guiar.

MECANISMO: Processo de funcionamento

CONTROLE: fiscalização exercida sobre atividades

A CLINICA INFANTIL ENVOLVE: Orientação do desenvolvimento da dentição e de suas estruturas de suporte.

- Diagnóstico, prevenção, intercepção e tratamento das más oclusões e alterações das estruturas circunvizinhas


QUESTÃO DE PROVA: Qual a época certa de se colocar aparelho ortodôntico?

R: O tratamento ortodôntico deve ser realizado assim que diagnosticado um problema, não existindo época correta.

- A indicação, aplicação e controle de aparelhos funcionais e/ou corretivos para obter e manter relações oclusais normais em harmonia funcional e estética com as estruturas faciais e cranianas.


ORTODONTIA PREVENTIVA NA SAUDE BUCAL: O conceito “prevenção” no verdadeiro sentido de evitar a instalação do problema ou dano à saúde (idêntico ao de uma vacina) não pode, infelizmente, ser aplicado à ortodontia – ortopedia facial.


MÁ-OCLUSÃO: Anomalias anátomo-funcionais


ORTODONTIA PREVENTIVA: Promoção de Saúde / Proteção Específica


AMAMENTAÇÃO - FUNÇÕES: Nutrição, Imunização, Aspectos Psicológicos, Harmonia do Sist. Estamatognático, Compensação do retrognatismo mandibular natural ( de 8 a 12mm)

As alterações das funções básicas do aparelho estomatognático podem acarretar distúrbios na fala, no desenvolvimento muscular, na oclusão, no crescimento maxilar e mandibular e na postura, além do rompimento total dos mecanismos naturais do controle do crescimento craniofacial.


ORTODONTIA INTERCEPTIVA: Diagnóstico precoce e tratamento imediato


BIOTIPOS FACIAIS: Dolicho Facial (rosto mais afilado), Mesio Facial (rosto de proporções médias) e Brachy Facial (rosto mais largo)


CLASSES DE PROBLEMAS CRANIO-FACIAIS:

CLASSE I – bases ósseas normais e o problema se restringe ao posicionamento dos dentes.

CLASSE II - mandíbula e maxila desproporcionais ( Maxila maior que mandíbula )

CLASSE III – mandíbula e maxila desproporcionais ( Mandíbula maior que maxila )

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CRESCIMENTO ÓSSEO CRÂNIANO


FORMAÇÃO ÓSSEA ENDOCONDRAL ( CARTILAGINOSA )

CRESCIMENTO ENDOCONDRAL PÓS-NATAL:

- Epífise de ossos longos

- Vértebras

- Côndilo Mandibular

- Sicondrosis da base do crânio


FORMAÇÃO ÓSSEA INTRAMEMBRANOSA

- Células indiferenciadas do tecido conjuntivo se transformam em osteoblastos

- Matriz osteóide

- Substância intracelular = osso


LOCAIS DE CRESCIMENTO INTRAMEMBRANOSO:

- Periósteo

- Endósteo

- Suturas

- Membrana Periodontal (Ligamento)


MATRIZ OSTEÓIDE: Se calcifica por cristais de apatita de forma desorganizada, tanto nas zonas corticais quanto medulares

- Grande velocidade de mineralização devido ao aumento de apatita = formação progressiva do osso.

- Cortical externa e zona medular ( reabsorção óssea)

- Endósteo contribuindo com o aumento do osso


FORMAÇÃO ÓSSEA INTRAMEMBRANOSA: Modo de crescimento predominante do crânio, até mesmo nos elementos endocondrais compostos, tais como: Esfenóide e Mandíbula ( Onde ocorre crescimento ósseo e endocondral e intramembranoso no mesmo osso)


CRESCIMENTO DA ABÓBODA CRÂNIANA

Abóboda Craniana – Protege o cérebro

- Funciona como amortecedor entre o cérebro, a face e a região faríngea


CRESCIMENTO DA BASE DO CRÂNIO

- Crescimento sutural predominante

- Alongamento das sincondroses

- Extensivo deslocamento cortical

- Remodelação


A BASE DO CRÂNIO é a parte mais estável de todas as partes do esqueleto craniofacial e a menos afetada por influências externas, tais como funções neuromusculares alteradas e tratamento ortodôntico


CRESCIMENTO TRANSVERSO DA BASE DO CRÂNIO ( LATERALIDADE)
- Sincondrose esfenocciptal ( até a puberdade)

- Sincondrose esfenoetmoidal ( até os 5 anos)


CRESCIMENTO DO SOALHO DO CRÂNIO

- Crescimento ântero-posterior da base do crânio desempenhando papel importante, tanto no crescimento mandibular quanto no maxilar


CRESCIMENTO DO COMPLEXO MAXILAR

- Crescimento sutural

- Septo nasal

- Superfície periosteal e endosteal

- Processo alveolar


TRAJETO DO CRESCIMENTO DO COMPLEXO NASOMAXILAR – Predominantemente para trás e para cima, com deslocamento para frente e para baixo


ALONGAMENTO HORIZONTAL DA MAXILA

- Alongamento da fossa média pelo crescimento das sincondroses

- Aumento maxilar para traz por aposições na superfície posterior da tuberosidade

- Influência da língua e das suturas incisivas e palatinas


CRESCIMENTO VERTICAL MAXILAR

- Crescimento aposicional no soalho das órbitas com absorção das estruturas inferiores

- Abaixamento do soalho nasal por absorção e aposição no palato duro

- Crescimento sutural em direção dos ossos


CRESCIMENTO MANDIBULAR

- Osso misto de crescimento endocondral (Côndilo) e intramembranoso

FUNÇÕES: Mastigação; Manutenção das Vias Aéreas; Fala; Expressão Facial.


CRESCIMENTO RANDÔMICO DA MANDÍBULA: Crescimento em todas as direções

- A partir de fatores intrínsecos associados à cartilagem condilar

- A partir da remodelação associada às inserções musculares

- A partir da remodelação associada às irrupções dos dentes


CARTILAGEM CONDILAR – Cartilagem secundária que realiza contribuição importante no crescimento mandibular


RAMO ASCENDENTE: O crescimento se dá para traz como um “V” em expansão, porque além de aumentar a mandíbula, tem que acompanhar o crescimento da cavidade glenóide


- CRESCIMENTO EM ALTURA – Atividade da cartilagem condilar


A CABEÇA DA MANDÍBULA ( CÔNDILO) É FORMADA ATRAVEZ DE REMODELAÇÃO ÓSSEA


CRESCIMENTO LONGITUDINAL – Reabsorção ( bordo anterior) e aposição ( bordo posterior)


O CORPO MANDIBULAR se prolonga por um processo de remodelação resultante de reabsorção da porção anterior do ramo ascendente. Paralelamente do crescimento do corpo mandibular ocorre um deslizamento na região anterior da sínfise estimulado por aposição nos côndilos e no bordo posterior do ramo.


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CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CRÂNIO-FACIAL

- No período de surto de crescimento, a proporção de renovação óssea é de 70 a 100% ao ano

- Na fase adulta, a renovação óssea é de 5% ao ano nos osso esponjosos


- CRESCIMENTO : Aumento e mudança de quantidade de substância viva

- Devido à atividades biológicas e fenômenos anatômicos


- DESENVOLVIMENTO: Mudança desde a fertilização até a morte

- Aprimoramento gradativo das funções – fenômeno fisiológico


- DIFERENCIAÇÃO: Mudança em qualidade e especificidade de substância viva

- Aprimoramento das células ou tecidos para gêneros especializados - Fenômeno fisiológico


- DESLOCAMENTO: Crescimento ósseo do crânio e da face, vinculado ao crescimento dos músculos, epitélio e órgãos

- Com o crescimento destas estruturas, ocorre uma separação das estruturas ósseas ao nível das articulações

- Alargamento e remodelação do osso para a manutenção e equilíbrio funcional e biomecânico


- RENOVAÇÃO ÓSSEA – Processo simultâneo de formação e reabsorção,

O ortodontista trabalha através das modificações ósseas.

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ORTODONTIA – CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS DENTO-FACIAIS


DIAGNÓSTICO – Capacidade de atribuir valor clínico aos sinais e sintomas


ANOMALIAS INDIVIDUAIS DOS DENTES: Posição, Forma, Volume e Número


ANOMALIAS DE POSIÇÃO: Mésio-versão, disto-versão, linguo ou palato-versão, vestíbulo-versão, supra-versão, infra-versão, giro-versão, per-versão.


ANOMALIAS DE GRUPOS DE DENTES

- Sentidos horizontal, vertical e vestíbulo-lingual

VESTIBULO-LINGUAL: Mordida cruzada posterior, uni ou bilateral, Mordida cruzada anterior

VERTICAL: Mordida aberta anterior, posterior e sobremordida [Overbite]

HORIZONTAL: Transpasse [Overjet]


ANOMALIAS DE FORMA

VOLUME : Micro e Macrodontia

- Agenesia – Anodontia e oligodontia

- Supranumerário – dente normal [a mais]

- Extranumerário – dente anômalo [a mais]


ANOMALIA DE LOCALIZAÇÃO

- Dentárias, basais (esqueléticas) e dento-basais

- BASAIS: Macrognatismo e Micrognatismo


PROTUSÃO

- Dentária ( Superior ou Inferior) – biprotrusão

- Esqueléticas ( Maxilar ou Inferior)
- Esquelético-dentária


CLASSIFICAÇÃO DE ANGLE


CLASSE I – Neutroclusão (Cúspide mésio-vestibular do 1° molar superior ocluindo no sulco mésio-vestibular do 1° molar inferior)


CLASSE II – Distoclusão (Cúspide mésio-vestibular do 1° molar superior ocluindo à frente do sulco mésio-vestibular do 1° molar inferior)

ClasseII – divisão I – Incisivos superiores com overjet ( Vestíbulo-versão) dos incisivos superiores

ClasseII – divisão II – Incisivos centrais em palato-versão e línguo-versão. Laterais podem seguir os centrais ou apresentar vestíbulo-versão

- A cúspide disto-vestibular do 1° molar superior oclui com o sulco mésio-vestibular do 1° molar inferior


CLASSE II – DIVISÕES I E II – SUBDIVISÃO I E 2

- Lado em que ocorre, quando de um lado só ( direita ou esquerda)


CLASSE III – Cúspide mésio-vestibular do 1° molar superior ocluindo posteriormente ao sulco mésio-vestibular do 1° molar inferior

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ORTODONTIA – FICHA CLÍNICA


I – PADRÃO RACIAL - Leucoderma (caucasiano), Melanoderma (negro) e Xanoderma (asiático)

MELANODERMA – maior tendência á biprotrusão (concavidade)

XANTODERMA – maior tendência à atresia maxilar


II – PARTO – Pode ter relação com determinados problemas bucais


III – AMAMENTAÇÃO – Normal ou artificial

- Se artificial, saber qual o método (bico ortodôntico ou não)


IV – MOLÉSTIAS DA INFÂNCIA – Podem ter interesse odontológico (sarampo, catapora, coqueluxe, febre...)


V – HÁBITOS – Chupar dedo, chupeta, mamadeira, lábio, unha, além da freqüência dos hábitos.


VI – RESPIRAÇÃO – A respiração bucal pode causar:

- Atresia maxilar

- Palato ogival ou em forma de “U”

- Mordidas cruzadas e apinhamentos

- Projeções dos dentes e da pré-maxila

- Hipotonicidade e encurtamento aparente do lábio superior

- Alterações da mucosa, lábios e gengiva

- Microrinodisplasia – Nariz empinado


VII – AMÍGDALAS – Quando hipertrófica, dificulta a respiração e altera a posição da língua


VIII – PADRÕES DE DESENVOLVIMENTO

- Mesofacial (Neutrovertido)

- Braquifacial ( Provertido) – Tendência à mordida profunda

- Dólicofacial ( Retrovertido) – Tendência à mordida aberta


IX – PERFIL FACIAL

- Reto (leucoderma)

- Côncavo (Xantoderma)

- Convexo (Melanoderma)


X – DISTÂNCIA DA LINHA ESTÉTICA DO LÁBIO ( teste do fio encostando no lábio inferior, analisando a distância entre o fio e o lábio superior)


XI – TONICIDADE LABIAL (hipo ou hipertônico)

XII – SELAMENTO LABIAL

XIII – DEGLUTIÇÃO

XIV – FONAÇÃO


EXAME INTRA-ORAL

I – HIGIENE BUCAL (evidênciação e prevenção)
II – GENGIVAS (detectar problemas periodontais)

III – LÍNGUA (detectar patologias)

IV – FREIO LABIAL E LINGUAL

V – ESTADO ATUAL DA DENTIÇÃO

VI – MANCHAS

VII – ANOMALIAS DE FORMA E TAMANHO


EXAME DENTO-BASAL

- Primeiros molares e caninos permanentes

- Linha média maxilar – Relação dos dentes com o centro da maxila (rafe palatina)

- Na mandíbula, posicionamento dos dentes em relação ao centro da mandíbula (freio lingual)

- Linha mediana – verificar no modelo, a maxila em relação à mandíbula, em seu pontos medianos, quando em oclusão

- Transpasse horizontal - Medida que segue uma linha reta, ligando a face vestibular dos incisivos centrais inferiores até o dente mais vestibularizado (Overjet) – Pode ser positivo ou negativo

- Transpasse vertical – Medida onde chega a incisal dos incisivos centrais inferiores na face palatina dos incisivos centrais superiores.

- Inclinação dos incisivos infeirores

- Apinhamentos e diastemas

- Mordida aberta (Anterior, posterior e mista)

- Mordida cruzada (Unilateral, bilateral, anterior e posterior)

- Problemas transversos


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ANÁLISE DE MODELOS ORTODÔNTICOS

- Conceito e importância

- Dentição decídua/mista/permanente

- N° de dentes, tamanho, posição, seqüência de erupção, espaços, dimensão e forma dos arcos, e oclusão.


ANÁLISE DE BAUME [ EXCLUSIVA PARA DENTES DECÍDUOS]

- TIPO I – Com espaçamentos entre os dentes

- Bom desenvolvimento das bases ósseas

- Menor probabilidade de falta de espaços na troca para a dentição mista

- TIPO II – Sem espaçamentos entre os dentes

- Pouco desenvolvimento das bases ósseas ou desenvolvimento retardado

- Maior probabilidade de falta de espaço na troca para a dentição mista


RELAÇÃO TERMINAL DOS 55 E 85 / 65 E 75

- Classificação

- Em plano reto, degrau mesial ou distal

- Importância

- Guia de erupção dos 16,26,36 e 46

- Determinantes da chave de oclusão

- Comprometimento do desenvolvimento facial

PLANO TERMINAL RETO – Topo-a-topo ou classe I

PLANO TERMINAL DEGRAU MESIAL – Classe I ou classe III

PLANO TERMINAL DEGRAU DISTAL – Classe II ou topo-a-topo


ANÁLISE DE CARREA [ EXCLUSIVA PARA DENTES DECÍDUOS]

- Medição do perímetro do segundo molar decíduo

- Com este perímetro faz-se um lado de um triângulo equilátero



DENTIÇÃO DECÍDUA – ARCADA INFERIOR

- Triâgulo eqüilátero de carrea

- Bissetriz em A: freio lingual

- Base do triângulo: linha pós-láctea dista dos 75 e 85

- Vértice anterior A: ponto interincisivo

- Bissetrizes em B e C: Crista marginal mesial dos 74 e 84

CIRCUNFERÊNCIA PASSA POR:

- Bordas dos incisivos

- Cúspides dos caninos

- Cúspides vestibulares dos 74 e 84

- Distal do sulco central dos 75 e 85

ARCADA SUPERIOR

- Bissetriz em A: rafe mediana

- Base do triângulo: convexidade distopalatina dos 55 e 65

- Vértice anterior A: ponto interincisivo

- Bissetriz em B e C: cúspides dos caninos


CIRCUNFERÊNCIA PASSA POR:

- Bordas dos incisivos

- Cúspides dos caninos

- Sulco principal do 54 e 64

- Cúspide disto-palatina dos 55 e 65



ANÁLISE DE MOYERS-FALTIN

Análise de dentição mista e permanente de moyers-rakosi-faltin

EP – ER = DE (Discrepância do espaço total)

Sendo EP = Espaço Presente, espaço real quer existe na zona de sustentação de caninos e molares decíduos

ER = Espaço requerido, espaço que gostaríamos de ter disponível, mas nem sempre existe para a erupção dos caninos e pré-molares permanentes

DE = Discrepância de Espaço

EP – ER = DM

Espaço presente menos espaço requerido = discrepância entre os modelos (Baseada na soma dos diâmetros mésio-distais dos incisivos inferiores

Tamanho dos 4 incisivos inferiores = espaço necessário para erupção dos caninos e pré-molares. Tanto para superior quanto para inferior a medida é dos 4 incisivos inferiores.

Para realizar esta análise é necessário obter a tabela da probabilidade para medição do tamanho dos caninos e pré-molares não-erupcionados, a qual se encontra inserida no livro do próprio autor. (Moyers 1991)

Através da tabela conseguiremos obter os dados referentes as análises que são divididos entre arcada superior e inferior e também em gênero.

É utilizado nível de confiança de 75% (Brasil)


NC

Homens

-

19,5

20,0

20,5

21,0

21,5

22,0

22,5

23,0

23,5

24,0

24,5

25,0

25,5

75%

20,3

20,5

20,8

21,0

21,3

21,5

21,8

22,0

22,3

22,5

22,8

23,0

23,3

NC

Mulheres

75%

20,4

20,5

20,6

20,8

20,9

21,0

21,2

21,3

21,5

21,6

21,8

21,9

22,0

Valores da tabela de probabilidade utilizados na população brasileira ( nível de confiança de 75%)


TÉCNICA DA ARCADA INFERIOR

- Obter a soma dos diâmetros mésio-distais dos incisivos inferiores, quando ainda não erupcionou baseia-se no simétrico ou no radiográfico.

- Dividir a soma por 2 (Apinhamentos e diastemas)

- Marcar a linha média da mandíbula

- Tendo a linha média como base, transferir para cada lado a metade da soma dos incisivos inferiores e marcar com grafite

- Da marca realizada até a mesial do 1° molar permanente está caracterizado o Espaço Presente (EP)


ARCADA SUPERIOR
- Obter a soma do diâmetro mésio-distal dos incisivos superiores [se o incisivo lateral não erupcionou medir pela radiografia periapical através da proporção divina]

- Dividir a soma obtida por 2

- Marcar a linha média maxilar

- Tendo a linha média como base, transferir para cada lado a metade da soma dos incisivos superiores e marcar com grafite.

- Da marca realizada até a mesial dos primeiros molares permanentes superiores está caracterizado o espaço presente (EP)

  • Desta forma podemos visualizar a discrepância de espaço existente em cada hemiarcada
  • Podemos Igualmente calcular a discrepância de espaço existente para cada quadrante ou para arcada superior e inferior
  • EP – ER = DE (Discrepância de espaço ou de modelos
  • Relembrando também que o EP é individual para cada arcada (sup. e inf.) mas o espaço requerido, obtido com a medida dos incisivos inferiores, é o mesmo para as duas arcadas.