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[NOTICIA]

Links para as questões da auto-avaliação [postados em 28/11/2008] estão estão novamente disponíveis

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Leucemia



Na semana passada, um amigo me falou sobre uma familiar que está internada em decorrência de uma leucemia. Sua aflição me cativou a estudar um pouquinho sobre o assunto que diga-se de passagem, é muito interessante e de grande valia! Cabe lembrar que nós como futuros e cirurgiões-dentistas, temos um papel importante quando nos deparamos com um paciente acometido da doença, porque podemos, além de tratar os sintomas que acometem a cavidade oral, detectar a doença no consultório e fazer o encaminhamento médico necessário. Vai aí um breve resumo, espero que seja útil!
As leucemias são doenças caracterizadas por alterações neoplásicas dos elementos formadores do sangue. O curso clínico, as células afetadas, a sobrevida e o tratamento dependem da forma de leucemia. Podem ser divididas histologicamente em linfoblásticas ou mielógenas - afetam as células granulocíticas, e mais comuns entre adultos.
Cada tipo de leucemia deve ser tratada como uma doença individual, pois acometem - normalmente- determinados perfis, por exemplo a Leucemia Aguda Linfoblástica (LAL), é mais comum em crianças enquanto a Leucemia Crônica Linfoblástica (LCL) raramente é encontrada antes dos 20 anos, e é predominante no sexo masculino.
Suas possíveis causas são atribuídas a diversos fatores como predisposição genética, exposição a fatores químicos (como benzeno), ou até vírus de RNA.

Sinais e Sintomas
São normalmente inespecíficos, podem causar confusão com os sintomas de viroses ou anemias, com a diferença primordial de que na leucemia, esses sinais não desaparecem nem tampouco diminuem, mas frequentemente progridem.
A maioria dos sinais e sintomas da leucemia devem-se ao fato de que a medula óssea está carregada de células malígnas, que logo passam para o sistema circulatório. Sendo assim, o número de células anormais podem superar o número de células normais! Pode ocorrer também infiltração dos linfonodos do baço e da gengica pelas células leucêmicas.
O exame de sangue revela formas celulares imaturas ou indiferenciadas. Os pacientes podem apresentar-se anêmicos e trombocitopênicos devido à diminuição da produção de glóbulos vermelhos e da maturação reduzida das plaquetas.
O diagnóstico definitivo depende do exame histológico da medula óssea.

Tratamento e Prognóstico
Todas as formas são tratadas com quimioterapia, o que varia são os esquemas específicos de dosagens e associações farmacológicas.Inicialmente, o tratamento é dividido em 2 partes:
  • Fase de indução: com o fim de eliminar ou reduzir a população de células leucêmicas, é chamada fase de remissão, e é feita imediatamente após o diagnóstico.
  • Fase de manutenção: após a fase de remissão, a terapia medicamentosa é instituída a intervalos regulares para evitar recidiva da doença. Nas leucemias agudas, isso é feito durante dois anos, enquanto que na crônica esse período pode ser reduzido a menos de um ano.
Em alguns casos de leucemia (LAL), as células malígnas chegam ao líquido cérebro-espinal, sendo necessária a suplementação com radioterapia.
O prognóstico da leucemia varia com a forma da doença e de um modo geral, tem melhorado constantemente. As leucemias agudas (LAL e LMA), até recentemente tinham prognóstico fatal, e atualmente mais de 50% dos pacientes atingem uma longevidade e boa qualidade de vida após o tratamento. Nota-se que o prognóstico para a LCL é mais favorável do que da LMC.

Avaliação da Cavidade Oral
As patologias orais são muito frequentes em pacientes leucêmicos. Os sinais e sintomas orais podem aparecer antes do diagnóstico da doença.
Em função da neutropenia e da trombocitopenia, esses pacientes procuram tratamento relatando sangramento excessivo das gengivas, formação de petéquias, hematomas ou equimoses, ulcerações, faringites ou infecções gengivais. Pacientes com número elevado de formas indiferenciadas circulantes pode sofrer infiltrações e conseqüentemente hiperplasia gengival.
A anamnese completa e bem realizada certamente ajudará na hipótese diagnóstica. É interessante interrogar o paciente sobre possíveis histórias de acometimentos parecidos em sua própria boca e/ou em falimiares, o tempo das manifestações bem como sinais sistêmicos (lembrar que o paciente com leucemia comumente está anêmico).
Pacientes sem histórico de sangramento gengival pode apresentar sangramento expontâneo e exacerbado repentinamente. O CD deve verificar se fatores locais de retenção de placa justificam os achados, ou se são desproporcionais. Ao notar que há possibilidades de acometimento sistêmico, deve-se pedir um hemograma completo para o paciente, incluindo leucometria (que geralmente está elevada) e contagem de plaquetas (reduzidas). Se os resultados apresentarem-se anormais, o encaminhamento ao médico hematologista deve ser imediato.

Avaliação dos Pacientes Antes do Tratamento Dentário
Devemos nos atentar principalmente para dois fatos: prevenção de infecção e de hemorragias. O quadro geral do paciente deve ser consultado com o médico responsável pelo tratamento do paciente antes de qualquer intervenção odontológica. O tratamento deve ser sempre relacionado com a terapia da leucemia. Para isso, dividimos os pacientes em categorias de risco.
  • Pacientes com Risco Elevado - São os que estão com leucemia ativa. Apresentam grande número de células leucêmicas na medula óssea ou sangue periférico, estão trombocitopênicos e neutrocitopênicos. Os pacientes que estão em tratamento de supressão da medula óssea (tratamento antileucêmico) também estão neste grupo.
  • Pacientes com Risco Moderado - Já obtiveram sucesso na fase de tratamento e estão em fase de manutenção. Não apresentam evidências de malignidade na medula ou no sangue periférico nem mielossupressão associada à quimioterapia.
  • Pacientes com Pequeno Risco - Em geral o tratamento está finalizado e o paciente não apresenta evidência de malignidade ou mielossupressão.

CONTINUA MINHA GENTE...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Novidades

Agora você pode acessar nosso blog de uma maneira mais fácil de lembrar e até mesmo de digitar.
Através do endereço www.carpulevermelha.co.cc
Créditos para o Americano pela dica ;D

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Revisão de Literatura: Câncer da Boca


Uma das maiores dúvidas que temos quando nos deparamos com uma lesão bucal é sua real gravidade, ainda mais quando a lesão em questão apresenta potencial carcinogênico, muitas vezes porém essas lesões passam despercebidas devido à seu tamanho ou coloração, em outros casos no entanto elas podem assumir proporções tamanhas que acabam atrapalhando fonação, deglutição e até mesmo a respiração do paciente odontológico, dependendo assim do diagnóstico clínico e laboratorial para que se possa trata-la de maneira correta e eficaz, êxito final da profissão.

Para que possamos atingir tal êxito, no entanto, devemos possuir base sobre os principais sinais e sintomas que cada processo patológico apresenta. Uma ótima maneira de obter esse conhecimento é através da leitura contínua de literatura específica, como é o caso do livro analisado, que trata especificamente da área de oconlogia associada a odontologia.
Com um vocabulário simples e de fácil entendimento
, o livro trata das principais lesões da cavidade oral com potencial carcinogênico, ou seja, lesões que podem vir a se tornar um câncer. A leitura não exige muito conhecimento específico da área oconlógica, e traz informações preciosas para a vivência clínica.

A explicação da origem e progressão dos processos patológicos é detalhada, assim como seus sinais, sintomas e as causas dos mesmos, fato importante que enriquece a leitura, pois nada se torna decorativo, muito pelo contrário, o livro estimula o raciocínio e o aprendizado na arte do diagnóstico.

Frisando também a importância do diagnóstico de patologias através de lesões orais, sendo que, muitas vezes, as manifestações orais são o primeiro sinal de patologias sistêmicas graves.

Com certeza uma leitura recomendada, não para aprender a realizar tratamentos oconlógicos, mas para que o clínico tenha condições de diagnosticar e encaminhar para tratamento pacientes com lesões cancerizáveis.



Livro: Câncer da Boca
Autor: Abrão Rapoport
Editora: Pancast
ISBN: 8586266051
Ano: 1997
Edição: 1
Número de páginas: 213
Acabamento: Brochura
Formato: Médio
Preço em média: R$50


Avaliação:
Vocabulário: 9,0
Conteúdo científico: 7,5
Conteúdo técnico: 7,5
Imagens: 7,0
Abrangência dentro do tema: 6,5
Valor para o graduando: 9,0

Nota Final: 7,8

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Leia AQUI as regras para comentários.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Pesquisa analisa relação entre colocação de coroas e problemas periodontais


Resultados mostram que as coroas podem ser associadas a mais sinais de inflamação, provocando sangramentos, vermelhidão e mau hálito, apesar de não estarem diretamente associadas à destruição periodontal.


Inúmeros estudos mostram uma relação entre a colocação de coroas fixas e as condições periodontais dos pacientes, apontando para uma maior incidência de inflamação das gengivas e destruição periodontal. No entanto, nem sempre a utilização de coroas representa problemas aos pacientes. Isso é o que mostram Cassiano Rösing e equipe da Universidade Lutherana do Brasil em um trabalho que teve como objetivo avaliar retrospectivamente as condições periodontais de pacientes com coroas fixas colocadas de 3 a 5 anos antes da realização da pesquisa.

De acordo com artigo publicado no número quatro de 2007 da revista Brazilian Oral Research, “40 pessoas foram analisadas no estudo. Exames clínicos de toda a boca foram realizados avaliando-se Índice de Placa Visível (IPV), Índice de Sangramento Gengival (ISG), Profundidade de Sondagem (PS) e Nível Clínico de Inserção (NCI) em 6 sítios por dente. Radiografias paralelas foram obtidas e analisadas cegamente por paquímetro digital (distância do ápice à crista óssea). Testes BANA também foram realizados. Um dente hígido contralateral foi considerado como controle”.

Os resultados mostram que as coroas apresentaram um valor médio de Índice de Placa Visível de 30,42%, comparado com 49,17% para dentes hígidos. O Índice de Sangramento Gengival foi de 33,33% e de 26,25% para dentes com coroas e hígidos, respectivamente. A Porfundidade de Sondagem revelou valores de 2,30 e 2,14 mm e a análise do Nível Clínico de Inserção demonstrou médias de 2,02 e 1,89 mm para coroas e dentes hígidos, respectivamente. Os valores médios para as distâncias radiográficas foram de 12,73 e 13,67 mm, e para o teste BANA, de 67,50 e 50,00 para dentes hígidos e com coroas. Segundo a equipe, foram observadas diferenças significativas para todos os parâmetros, exceto para NCI e para o teste BANA.

Dessa forma, os pesquisadores concluem que as coroas podem ser associadas a mais sinais de inflamação, entretanto não com destruição periodontal. “Apesar de os resultados não demonstrarem relação entre a colocação de coroas e a destruição periodontal, o fato de elas estarem associadas a mais sinais de inflamação deve ser levado em consideração, uma vez que as gengivites estão diretamente ligadas a uma pior qualidade da saúde bucal, em decorrência do sangramento, vermelhidão e do mau hálito, que hoje em dia é socialmente inaceitável”, destacam no artigo.

Leia mais: Teste de BANA para sangramento periodontal

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Regras Para Comentários


A popularidade do nosso blog tem crescido muito nos últimos dias, isto é fato.
Com o aumento da popularidade, também aumentou o número de comentários, porém alguns de integridade duvidosa. Se faz necessário no momento, ao meu ver, a moderação dos comentários, para limitá-los à assuntos relacionados somente as postagens, e também para impedir a publicação de comentários de gosto duvidoso.
Nossa intenção aqui é a de publicar as idéias dos editores, idéias que nos ocorriam diariamente como distribuir a matéria de aula além de outros materiais, material que encontramos e achamos que seria de interesse de toda a classe odontológica, além de expor nossas opiniões pessoais das situações que passamos diariamente. Fazer um blog se mostrou a maneira mais adequada e prática de fazer isso.

Pois bem, aqui vão as regras de postagem:

1 - Postagens anônimas serão aceitas normalmente, desde que obedeçam as demais regras para comentários;
2 - Críticas construtivas serão aceitas e bem-vindas;
3 - Não serão permitidas palavras com teor ofensivo direto ou indireto, a qualquer usuário ou não usuário;
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